Ecossistemas saudáveis de ervas marinhas da África Ocidental podem ajudar a sustentar os meios de…

Terceira Sessão de Formação Nacional de Identificação, Cartografia e Monitorização de Espécies de Ervas Marinhas da ResilienSEA realizada em Serra Leoa
Em Serra Leoa, o projeto da ResilienSEA prossegue com a sua série de workshops de desenvolvimento da capacidade no terceiro de sete países-piloto da África Ocidental a encerrar em 2019.
Entre os dias 9 e 11 de dezembro de 2019, a ResilienSEA realizou a sua terceira sessão de formação nacional sobre ervas marinhas em Freetown, Serra Leoa. A formação destinava-se a cientistas/especialistas, técnicos e gestores, visando dar a conhecer-lhes as diferentes espécies de ervas marinhas presentes na África Ocidental e identificar as melhores técnicas de cartografia e monitorização a aplicar ao seu respetivo local-piloto.
Moderada pela Dra. Maria Potouroglou, Diretora de Estratégia de Investigação Científica da ResilienSEA, e pelo Sr. Mohamed Ahmed Sidi Cheikh, especialista em SIG e ervas marinhas, o workshop estava organizado em torno dos seguintes módulos: panorama da biologia e ecologia das ervas marinhas; importância das ervas marinhas e ameaças às mesmas; cartografia e monitorização das ervas marinhas; recolha e análise de dados; exercícios práticos de SIG.
Os participantes representavam várias instituições nacionais, incluindo a Agência de Proteção do Ambiente, a Administração Marítima da Serra Leoa, o Ministério das Pescas e dos Recursos Marinhos, o Ramo Naval das Forças Armadas da Serra Leoa, o Ministério do Território, da Habitação e do Ambiente, o Instituto de Biologia Marítima e Oceanografia e o Consórcio de Pescadores Artesanais.

Assim que o workshop terminou, uma equipa mais pequena liderou uma expedição às Ilhas Turtle para tentar encontrar ervas marinhas pela primeira vez no país. Saiba mais sobre esta história aqui. Este último workshop de 2019 constituiu também uma oportunidade de ouvir os formadores da ResilienSEA e o Gestor de Projeto falar sobre as atividades do ano precedente do projeto.
“Estamos satisfeitos por termos concluído as nossas formações sobre ervas marinhas para 2019 em Serra Leoa, um país com conhecimentos limitados sobre ervas marinhas”, comentou a Dra. Maria Potouroglou. “Até há dois anos, os conhecimentos sobre ervas marinhas na região eram limitados, mas a situação alterou-se. A ResilienSEA tem o derradeiro objetivo de colocar a África Ocidental no mapa global das ervas marinhas e estou confiante em como os países, nossos parceiros e a equipa do projeto já alcançaram o sucesso neste aspeto. Para a frente é o caminho para as ervas marinhas na África Ocidental em 2020!”
“De uma maneira geral, os participantes receberam muitas informações sobre a ecologia e a biologia das pradarias de ervas marinhas e os serviços ligados ao ecossistema que podem ser obtidos a partir das mesmas. Também debateram as potenciais ameaças às pradarias de ervas marinhas, tanto as de origem antropogénica como as de origem natural, bem como a necessidade de implementar sólidos mecanismos de gestão através do envolvimento de todas as partes interessadas”, sublinhou o Sr. Sidi Cheikh relativamente ao sucesso da formação. De forma confiante, acrescentou: “Acreditamos que, ao longo do ano de 2020, a mesma dinâmica irá continuar e que veremos várias medidas tomadas por todas as instituições nacionais em cada país-piloto da ResilienSEA.”
“O ano de 2019 foi realmente de destaque para a ResilienSEA. Começámos o ano com o workshop de formação de alto sucesso em Joal-Fadiouth e encerrámos o ano com três sessões de formação nacionais de acompanhamento sobre ecossistemas ligados às ervas marinhas. No entretanto, confirmámos a presença de pradarias de ervas marinhas na maior parte da região e descobrimos até pradarias anteriormente desconhecidas em alguns dos nossos locais-piloto! Estamos ansiosos por continuar a trabalhar com os nossos parceiros a fim de produzir atividades com um impacto e alcance ainda maiores em 2020″, concluiu a Sra. Tanya Bryan, Diretora do Programa da GRID-Arendal.
Louis Pille-Schneider
Fotografias: GRID-Arendal
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