A ResilienSEA em Cabo Verde
Cabo Verde é um arquipélago constituído por dez ilhas vulcânicas, situado a cerca de 570 quilómetros da costa da África Ocidental. O arquipélago alberga uma série de espécies. Cabo Verde é uma área essencial para as aves (Important Bird Area – IBA), muitas das quais são endémicas. Representa a segunda maior área de nidificação da tartaruga marinha (Caretta caretta) no Atlântico Norte, a terceira maior a nível mundial. O ambiente rico do país reflete a sua história e diversidade únicas.
Devido à aspereza do clima e da topografia, a agricultura mal se desenvolveu. De igual modo, o recurso às pescas é de alguma forma reduzido. A grande maioria da população é urbana e está concentrada na Ilha de Santiago. No entanto, Cabo Verde depende fortemente do seu ambiente. A vasta população de espécies endémicas e de tartarugas marinhas estimulou o desenvolvimento do turismo, que se tornou no principal motor do crescimento económico. Além disso, a maioria das atividades humanas está localizada em áreas costeiras de baixa altitude, o que destaca a importância de ambientes costeiros e marinhos saudáveis.
Cabo Verde situa-se na transição biogeográfica onde as espécies temperadas e tropicais poderiam potencialmente encontrar-se. A conservação das pradarias de ervas marinhas pode desempenhar um papel significativo na preservação da rica biodiversidade de Cabo Verde e das suas costas. Como tal, o compromisso internacional do país inclui a preservação da diversidade biológica (Convenção sobre a Diversidade Biológica). Até à data, existem 46 Áreas Protegidas estabelecidas pela lei. No entanto, a situação das ervas marinhas em Cabo Verde é praticamente desconhecida. O projeto ResilienSEA baseia-se na necessidade de investigar em maior profundidade a fim de melhorar a sua proteção.