A ResilienSEA na Guiné
A Guiné faz fronteira com a Guiné-Bissau a oeste, com o Senegal e o Mali a norte, com a Costa do Marfim a leste e com a Libéria e a Serra Leoa a sul. O território pode ser dividido em quatro regiões naturais (Guiné Baixa ou Marítima, Média, Alta e Florestal), cada uma com o seu próprio clima, hidrografia e ecologia. Estas variações do clima produzem uma rica biodiversidade dos habitats e dos sistemas biológicos. As savanas, florestas tropicais, mangues e lamaçais acolhem uma grande variedade de mamíferos, insetos, peixes, aves, répteis e anfíbios.
A diversidade de climas e de sistemas biológicos da Guiné dota-a de um elevado potencial para o ecoturismo, a agricultura e as pescas, entre outras atividades. A utilização da terra reflete uma lógica de extração e de exploração dos recursos naturais. Por exemplo, o crescimento do PIB do país tem sido maioritariamente impulsionado pelas exportações de minerais (ouro, bauxite e diamantes). Além disso, a agricultura ocupa um espaço significativo no desenvolvimento humano, já que emprega 76% da população. As zonas costeiras e marinhas são igualmente importantes. A ocupação do território é diversificada, mas encontramos a maior densidade na Guiné marítima, que se carateriza pela predominância de áreas litorais. A pesca é uma importante fonte de receita e emprega diretamente 800.000 pessoas. O consumo de peixe é fundamental na dieta dos guineenses, já que todos os anos chega aos 13 quilos per capita. A conservação das pradarias de ervas marinhas pode desempenhar um papel significativo na preservação da rica biodiversidade da Guiné e das suas costas.

A conservação das ervas marinhas é fundamental para os compromissos ambientais do país. Tal como os seus Estados vizinhos, a Guiné assinou a Convenção sobre a Diversidade Biológica, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas e a Convenção de Ramsar sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional. Ao nível nacional, o país desenvolveu um conjunto de estruturas que podem contribuir para a conservação das ervas marinhas. Estas incluem o Código de Proteção e Destaque do Ambiente, o Plano Nacional de Ação para o Ambiente e a Estratégia e Plano de Ação para a Diversidade Biológica. Até à data, quatro Áreas Marinhas Protegidas (AMP) existem na Guiné. No entanto, a situação das ervas marinhas na Guiné é relativamente desconhecida. Através do projeto ResilienSEA, o país está a conduzir mais investigação a fim de melhorar a proteção das pradarias de ervas marinhas.

